Somos o que mesmo?

Somos como zumbis seguindo costumes, hábitos e tradições.
Somos a propaganda mais irreverente do mercado e a mais lucrativa.
Somos um pouco da alma dos outros e apresentemos algum detalhe das suas inúmeras características.
Somos etiquetas, letras, gestos, verbos, adjetivos, marcas, construções e materiais.
Somos um monte coisas reunidas em um corpo só.
Somos números matemáticos e alguns pontos de ortografia.
Somos o novo, o velho e o ultrapassado.
Mas afinal, o que somos?
Somos autênticos ou somos várias copias de um monte de palavras trocadas?
Nós seres humanos somos uma incógnita inquestionável.

O que você realmente quer?

Eu queria...
Queria tantas coisas...
Queria não me torturar pelos meus erros, não desejar o impossível e me amar acima de todas as coisas e pessoas desse mundo.
Queria me amar pelas minhas qualidades e não me cobrar pelos meus defeitos.
Queria ser o que eu sou sem querer mudar ou melhorar, apenas aceitar.
Queria mesmo era ser “livre” não depender de nada ou de ninguém para ser feliz.
Queria um jatinho particular, um milhão no bolso e limite nenhum no meu cartão de crédito pra gastar o quanto quisesse.
Queria usar manequim 36, assim, economizaria as duas horas que demoro experimentando roupas em um provedor qualquer.
Queria não ter crises de ciúmes, não chorar por bobeira e não me chatear com quem não merece.

Mas pensando bem...

Não quero ser perfeita nem pra mim e nem pra ninguém.
Porque tudo que é perfeito é chato demais, parado demais.
Não tem o que consertar, arrumar ou preocupar
Minha vida seria um grande tédio se todas as coisas acontecessem da forma que eu quero.
Por isso eu fico aqui, me testando o tempo todo, enlouquecendo e mergulhando naquele turbilhão de pensamentos e desejos que é a minha vida.



Querer nem sempre é poder! (ainda bem!)